Brazil
December 18, 2015

A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja (ABRASS) fecha 2015 – seu terceiro ano de existência – com participação em importantes discussões visando a estruturação do setor e com ações significativas de combate às práticas ilegais de produção, comercialização e uso de sementes de soja.

Este ano, apesar de marcado por transições nos cenários político e econômico do país, foi de mudanças muito positivas na associação, que conseguiu melhorar sua estrutura, conquistar novos associados e desenvolver diversas frentes através de seus grupos e comissões de trabalho.

A Lei de Proteção de Cultivares – que data de 1.997 e está sendo discutida na Câmara dos Deputados para atualização – norteou muitos debates. A ABRASS fomentou o assunto entre os associados e levou as discussões a diversos estados, através de reuniões, na busca por entendimento sobre o que precisa ser revisto na atual legislação. Viagens técnicas para países como França e Uruguai também foram feitas com objetivo de estudar a legislação pertinente ao tema e ampliar o embasamento dos debates.

O combate à pirataria de sementes de soja também foi um tema de destaque em 2015. A ABRASS encabeçou uma forte campanha, apoiando a realização de eventos nos estados, levantando denúncias, cobrando ações de fiscalização e revisão de medidas punitivas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), promovendo campanhas publicitárias e ações junto ao Legislativo.

No início de setembro, o presidente da associação, Marco Alexandre Bronson e Sousa, entregou à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em mãos, uma lista com mais de 50 nomes de suspeitos de pirataria em todo o país. A ministra ficou alarmada com os números – a estimativa é que na safra 2015/2016 mais de 30% das sementes de soja plantadas no Brasil seja de origem ilegal – e comprometeu-se a intensificar a fiscalização e as medidas punitivas.

A ABRASS iniciou neste ano a construção de um Programa de Boas Práticas na Produção de Sementes de Soja, que tem foco em buscar excelência e qualidade máxima nas propriedades. O projeto tem como parceiros pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP/Esalq), da Embrapa Soja e da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates). A previsão é lançar uma publicação em 2016 com os protocolos que estão sendo desenvolvidos pelo grupo.

Em 2015 também foram realizados estudos para embasar ações sobre Tratamento de Sementes Industrial (TSI), mapeamento do setor através de pesquisas e a construção de um plano de adequação à nova Lei de Resíduos Sólidos.

A atuação junto à academia e em eventos relacionados à atividade também foram intensos e a entidade participou ativamente de congressos importantes, como o Congresso Brasileiro de Soja, a Congresso Brasileiro de Sementes e o Ciclo de Reuniões Conjuntas da Comissão de Sementes e Mudas do Paraná.

Junto aos obtentores vegetais e de biotecnologia, a ABRASS conseguiu construir um diálogo mais direto e estreito, em busca de melhorias no relacionamento, nas operações comerciais e nos processos de decisão, o que traz benefícios aos multiplicadores de sementes e a seus clientes, os agricultores.

“Tivemos um ano de fortalecimento, em que pudemos encorpar nossas ações, unir mais o setor, entender os problema e buscar as soluções. Destaco o combate à pirataria, que é uma ação que deve permanecer firme em 2016, pois esta é uma prática criminosa que muito atrapalha o desenvolvimento da cadeia da soja em todo o país. Todos os elos são afetados e esse é um embate que não podemos deixar de lado”, afirma Marco Alexandre, presidente da ABRASS.

 

Website: http://www.abrass.com.br

Published: December 18, 2015