Brazil
November 12, 2014
A melancia é uma das frutas mais adocicadas que existem. Sua polpa suculenta é muito apreciada pelos consumidores justamente por essas características. Mas e se o ao invés da familiar cor vermelha, a fruta fosse... amarela?
Não faz sentido? Na verdade, faz muito. “O consumidor busca cada vez mais produtos com características sensoriais superiores e até mesmo inusitadas. Isso abre espaço para a inovarmos não somente em alimentos processados, mas também nos alimentos que consumimos in natura, como frutas e legumes”, conta Alecio Schiavon, gerente de Marketing da Syngenta.
Essa melancia além de ser amarela também tem versões com e sem sementes. Como isso é possível? Ao promover cruzamentos sucessivos entre as plantas da mesma espécie, é possível acentuar determinadas características, assim como diminuir outras. Esse processo pode levar até 5 anos e milhares de gerações de plantas, até a diferenciação ser obtida. Essa técnica, chamada de melhoramento genético pelos pesquisadores, na verdade é muito comum e é usada desde o início da produção de alimentos para garantir mais qualidade, resistência e produtividade para as plantações.
“Nesse caso específico da melancia amarela, realizaram-se cruzamentos entre plantas de melancia até obtenção de variedades com pouca ou nenhuma semente. Também foram escolhidas aquelas que tinham uma coloração atenuada.”, explica Alecio.
Além do consumidor, o produtor também ganha, já que esse é um tipo de cultivo que agrega mais valor à produção e aumenta a renda do agricultor. Os híbridos de melancia amarela ainda não são cultivados no Brasil. Por enquanto, trata-se de um mercado ainda bem segmentado em países da Europa e nos Estados Unidos.
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