Brazil
January 22, 2014
![](http://www.cnph.embrapa.br/img/220114_isla_int.jpg)
Contrato celebrado ao final de 2013 entre a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e a ISLA Sementes vai possibilitar pesquisas de melhoramento de cenoura com foco no desenvolvimento de variedade híbrida da hortaliça. O acordo teve por base a Lei de Inovação Tecnológica, de 02/12/2004, regulamentada pelo Decreto-Lei nº 5.563, de 11/10/2005, que permite o investimento direto de empresas no desenvolvimento de novas tecnologias e o estabelecimento de medidas de incentivo à inovação e à pesquisa tecnológica no ambiente produtivo.
Para o pesquisador Agnaldo Carvalho, coordenador do Programa de Melhoramento de Cenoura da Unidade, a pesquisa vai ao encontro da demanda crescente por cultivares híbridas por parte de empresas de sementes, mas ele lembra que não foi sempre assim. “Até há pouco tempo, a procura era por populações de polinização aberta e foi a partir de 2005 para cá que houve o crescimento da demanda por híbridos”, explicou o pesquisador. Uma nova realidade, segundo ele, que o contrato com a empresa vai ajudar a otimizar. “Com a lei que permite a parceria entre empresas pública e privada, ficamos com a parte de obtenção e avaliação das linhagens, síntese e avaliações iniciais de híbridos experimentais e a ISLA se encarrega da validação, do marketing e da produção de sementes, áreas em que a Embrapa encontraria maiores dificuldades.” “Isso ajuda bastante!”
Os trabalhos estão no início, mas quando se trata de cultivares híbridas, alguns parâmetros são intrinsecamente relacionados aos objetivos, como, por exemplo, a uniformidade de raízes. “Ao desenvolver um material cujas raízes apresentam-se uniformes, consequentemente há o aumento da produtividade, tendo em vista a redução do número de raízes fora do padrão comercia.” Além de buscar materiais com essa característica, as linhas do projeto também trazem como proposta a obtenção de um híbrido resistente a doenças que podem afetar seriamente a produção de cenouras, entre elas a queima das folhas.
De origem fúngica e bacteriana, a doença requer o uso de grande quantidade de agroquímicos, notadamente no verão, com o aumento da umidade provocada pelas chuvas. Um menor uso e até a dispensa de fungicidas, a partir da obtenção de um material resistente à doença, farão parte dos futuros experimentos, “e aí veremos a necessidade ou não de corrigir alguns rumos”.
SUPER CAMPO
De seis a 25 de janeiro, acontece o Isla Super Campo, evento tradicional na agenda do setor de sementes de hortaliças, realizado na Estação Experimental Isla Itapuã, em Viamão, RS. O Isla Super Campo se destaca em razão da grande quantidade de cultivares apresentadas, o que leva a empresa de sementes a atrair nesse período um expressivo número de clientes, entre produtores, representantes e distribuidoras do Brasil e do exterior.
Em sua edição 2014, o Isla Super Campo contou com a participação dos pesquisadores Warley Nascimento e Leonardo Boiteux. No dia 21 de janeiro, como convidados da empresa, os pesquisadores tiveram a oportunidade de verificar o desempenho das mais de 200 cultivares de hortaliças com plantio no verão – umas cultivadas em campo aberto, e algumas outras sob cultivo protegido.