Brazil
April 1, 2016
Com o objetivo de unir ainda mais o setor e trabalhar por melhorias, a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM) fundou seus comitês técnicos, em 2013, cada um destinado a dedicar-se a determinado âmbito que envolvesse o universo das sementes e mudas. Atualmente, segundo o superintendente executivo Paulo Campante, são nove comitês - de Legislação, de Capacitação e Tecnologia de Sementes, de Olerícolas, de Forrageiras, de Boas Práticas em Biotecnologia, de Propriedade Intelectual, de Biotecnologia, de Soja e de Tratamento de Sementes -, formados por técnicos indicados pelas associações e empresas diretamente associadas ao sistema ABRASEM, como explicou o presidente da associação José Américo Pierre Rodrigues.
A criação destes comitês vem de uma demanda bastante direta dos próprios associados da ABRASEM. Entre si, eles propõem e discutem sua viabilidade, encaminhando a decisão final para o conselho de administração, que, em caso positivo, o institui. Em seguida, as empresas, entidades e demais associados do sistema ABRASEM, indicam profissionais técnicos capacitados, que possam compor os determinados comitês, para discutir e debater os temas e assuntos pertinentes.
“A proposta é que os técnicos e representantes das associadas tragam as suas demandas para o comitê, onde serão analisadas pelos membros. A partir dessas discussões, os comitês encaminharão propostas, em nome da ABRASEM, para a solução de problemas específicos ou, quando for o caso, proporão alterações e aperfeiçoamentos nas legislações e normas que regulam o setor”, explica Rodrigues.
Para o presidente, os comitês colaboram com a ABRASEM, que, desempenha um trabalho muito complexo e extenso, justamente por representar todos os segmentos da indústria de sementes e mudas do Brasil - desde atividades de pesquisa e produção até o comércio.
“Representamos empresas de sementes que trabalham com grandes culturas (soja, milho, algodão, arroz, etc.), forrageiras, olerícolas, empresas obtentoras, além de nos relacionarmos com entidades representativas do agronegócio, nacionais e internacionais. É uma agenda muito extensa e diversa”, pontua.
Sendo assim, com os comitês, é possível segregar todo esse trabalho e dedicar-se a cada demanda com maior empenho e contando com a especialidade de cada técnico.
Segundo Rodrigues, atualmente os comitês vêm trabalhando fortemente em temas pré-competitivos para a indústria de sementes e mudas, como em relação à legislação, regulamentação e normas específicas. “Temos tido muito sucesso em buscar uma desburocratização do nosso marco regulatório interno, assim como temos mantido a nossa legislação alinhada com as legislações e tratados internacionais”, afirma.
ABRATES
Entre os vários membros de diferentes setores do universo das sementes e mudas, está a ABRATES, que tem pelo menos um representante em cada um dos comitês da ABRASEM. No Comitê de Forrageiras, está a engenheira agrônoma coordenadora do Comitê de Forrageiras da ABRATES Jaqueline Verzignassi; no Comitê de Legislação, o ex-presidente Scylla Cezar Peixoto Filho; no Comitê de Boas Práticas e no de Biotecnologia, o vice-presidente Fernando Augusto Henning, que também integra o Comitê de Capacitação e Tecnologia de Sementes juntamente com a segunda vice-presidente Maria Laene Moreira de Carvalho; no Comitê de Olerícolas, o engenheiro agrônomo Warley Marcos Nascimento; no comitê de Propriedade Intelectual, o prof. Dr. Silmar Teichert Peske; no Comitê de Soja, o diretor financeiro José de Barros França Neto e no Comitê de Tratamento de Sementes, o ex-presidente e atual titular do Conselho Fiscal, Ademir Assis Henning. Todos os representantes da ABRATES citados anteriormente são titulares dos respectivos cargos.
Para o vice-presidente da ABRATES, a associação desempenha um papel muito importante nos comitês da ABRASEM ao fazer-se presente, ajudando nas discussões e construções das demandas de cada comitê. “Além disso, essa é uma ótima oportunidade da ABRATES, enquanto associação científica, aproximar-se do setor produtivo, pois mostra a necessidade de a ciência de sementes andar lado a lado com as questões relacionadas à produção e comercialização”, afirma.